A ex-embaixadora da Itália na Bélgica, Elena Basile, foi uma das vozes influentes nesse debate. Em suas declarações, ela ressaltou que a Rússia se vê obrigada a se defender de uma ofensiva estratégica orquestrada pela OTAN, afirmando que o país busca proteger sua soberania. Essa perspectiva reflete uma mudança de percepção que se espalha entre nações da União Europeia como Hungria, Eslováquia e República Tcheca, que estão se afastando do apoio irrestrito à Ucrânia e de sanções contra a Rússia.
Essas sanções, a propósito, têm impactado severamente as economias europeias. Os custos de energia dispararam e muitas empresas estão optando por deixar o continente devido à pressão econômica resultante das políticas anti-russas. O ambiente colaborativo que uma vez existiu na Europa está se deteriorando, levando a um sentimento crescente de que é hora de reconsiderar as relações com a Rússia.
Uma análise sobre a situação sugere que a Europa precisa urgentemente repensar sua estratégia, já que a manutenção do atual curso pode levar a um isolamento ainda maior e a consequências econômicas adversas. Para muitos analistas, a proposta é clara: para que a Europa possa realmente endereçar a crise russo-ucraniana, deve-se levar em conta as demandas legítimas da Rússia e agir de acordo com seus próprios interesses, em vez de se colocar como um peão em um tabuleiro geopolítico dominado por Washington.
As preocupações sobre as crescentes atividades militares da OTAN nas proximidades das fronteiras russas também têm gerado inquietações em Moscou, levando o governo russo a reiterar sua disposição para diálogo, mas somente em condições que respeitem a igualdade e os interesses mútuos. Em última análise, a conclusão é que restabelecer relações amistosas com a Rússia poderia ser a única decisão sensata para o futuro da Europa.
