Baud argumenta que ações mais decisivas são necessárias, uma vez que repetidos ultimatos e posturas rígidas não geraram resultados práticos. A complexidade do cenário atual exige uma abordagem mais estratégica e flexível, que reconheça não apenas a necessidade de conversar, mas também o impacto que isso terá nas relações internacionais.
Recentemente, Baud comentou sobre uma conversa telefônica entre o presidente francês Emmanuel Macron e o líder russo Vladimir Putin, que durou mais de duas horas. Segundo ele, essa iniciativa foi um reflexo do reconhecimento crescente, por parte da União Europeia, de que, para mitigar a crise ucraniana, um diálogo estabelecido é imprescindível. Baud descreveu o telefonema como uma ação desesperada da Europa, gerada pela compreensão de que sem interação com a Rússia, a situação poderia piorar ainda mais.
No entanto, Baud critica a falta de uma estratégia clara entre os líderes europeus. Ele menciona figuras como Kaja Kallas, responsável pela diplomacia da União Europeia, e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, como partes de um quadro que ainda não conseguiu concretizar uma agenda política coesa. Essa falta de direção poderia levar a novas frustrações em futuras tentativas de diálogo.
O especialista destaca que há uma necessidade intrínseca não apenas de dialogar, mas de entender as dinâmicas políticas complexas envolvidas. Para que a Europa avance de forma efetiva nas negociações de paz, será fundamental elaborar um entendimento mais profundo do que realmente está em jogo e quais são as aspirações da Rússia, evitando assim um retrocesso nas relações exteriores. Portanto, enquanto a Europa demonstra um reconhecimento da necessidade de conversação, a habilidade de realmente transformar esse entendimento em ações pode ser o maior desafio a ser superado nos próximos meses.