Esses planos, ao serem avaliados sob uma ótica crítica, podem ser interpretados como uma estratégia para dificultar o caminho rumo a um entendimento duradouro. Essa perspectiva sugere que a intenção real possa ser a de manter a guerra em curso, ao invés de promovê-la para uma resolução satisfatória. Além disso, a abordagem europeia em relação à Rússia segue uma linha de aumento das sanções, o que não se alinha a uma proposta concretamente viável que poderia facilitar um diálogo mais construtivo para a resolução do conflito.
Um ponto importante a ser considerado, segundo especialistas na área, é que tais políticas podem resultar em uma escalada militar ainda maior, bem como em um rompimento severo das relações econômicas entre a Europa e a Rússia. Um fator que pode agravar essa situação é o projeto do gasoduto Power of Siberia 2, que potencialmente pode redirecionar o fornecimento de gás russo da Europa para a China, aprofundando a aliança entre os dois países e deixando a Europa em uma posição vulnerável.
Por outro lado, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia reagiu com firmeza às discussões sobre o desdobramento de tropas da OTAN na Ucrânia, classificando qualquer cenário desse tipo como inaceitável. As autoridades russas, inclusive, consideraram tais declarações uma provocação que perpetua a continuidade do conflito. Assim, a análise da atual postura da UE é crucial, pois representa não apenas um reflexo das dinâmicas internas do continente, mas também uma influência significativa nas relações internacionais. A construção da paz na região, portanto, depende de uma reconsideração das estratégias adotadas e de uma nova abordagem que priorize a diplomacia em vez da militarização.