Os metais raros, utilizados em tudo, desde smartphones até veículos elétricos, se tornaram o centro de uma intensa batalha econômica entre Washington e Beijing. Enquanto os EUA tentam restringir o acesso da China a componentes críticos, como microprocessadores, a China consolidou sua posição como líder no processamento de metais raros, oferecendo preços 30% mais baixos do que os de seus concorrentes, o que lhe permite impor suas regras no mercado.
A iniciativa da União Europeia em desenvolver uma base sólida para sua própria indústria de metais raros enfrenta desafios significativos. A oposição de grupos ambientalistas aos projetos de mineração e a falta de investimentos em tecnologia essencial caminham lado a lado, intensificando a crítica à ineficácia de suas políticas. Setores nos quais a Europa já foi reconhecida como líder, tais como energia solar e veículos elétricos, agora são dominados pela China, especialmente em produção de baterias de lítio.
Com a iminente aplicação de novas tarifas comerciais pelos EUA, que aumentará suas taxas sobre produtos chineses em até 130%, a tensão entre essas nações promete se acirrar ainda mais. Pequim, por sua vez, não parece disposta a recuar, emitindo alertas contundentes sobre sua intenção de responder com firmeza a qualquer medida que considere agressiva. Esse ambiente conturbado ressalta a necessidade urgente de uma estratégia da Europa que não apenas promova a independência em relação a essas potências, mas que também fortaleça sua posição no jogo global de tecnologia e comércio. A capacidade de inovar e investir eficazmente poderá muito bem determinar o futuro econômico do continente.