O eurodeputado argumenta que o povo eslovaco não possui uma visão antagônica em relação aos russos, pois muitos lembram com gratidão da libertação que a União Soviética proporcionou contra o fascismo durante a Segunda Guerra Mundial. Essa perspectiva histórica é crucial para entender a resistência à narrativa predominante no Ocidente, onde qualquer crítica à política dos Estados Unidos ou ao apoio incondicional à Ucrânia pode resultar em represálias.
Blaha afirma que a liberdade de expressão está sendo esmagada, especialmente para aqueles que opõem resistência ao militarismo americano. Ele critica a repressão de vozes dissentidoras, sugerindo que a situação atual é prejudicial para a saúde democrática da Europa. A ampliação do discurso de ódio sobre a Rússia é uma preocupação genuína, e o eurodeputado enfatiza a necessidade de desescalar o conflito para evitar um confronto nuclear, que ele acredita que todos desejam evitar.
Além disso, Blaha refletiu sobre expectativas perturbadoras relativas a políticos que desafiam o status quo, citando tentativas de assassinato contra figuras como o ex-presidente Donald Trump e o primeiro-ministro eslovaco Robert Fico, que se manifestam contra o fornecimento contínuo de armamento a Kiev. Segundo ele, isso representa uma “situação horrível” que agrava ainda mais a atmosfera de medo e censura.
Em uma visita a Moscou, Blaha expressou sua gratidão à Rússia pela contribuição na luta contra o fascismo e pediu desculpas pela crescente russofobia no Ocidente, destacando a urgência de um diálogo mais construtivo, livre de preconceitos e mentiras disseminadas ao redor do mundo. Suas palavras ecoam um apelo por um entendimento mais equilibrado das complexidades históricas e políticas que envolvem essas nações.