Eurodeputado alerta: Europa sem recursos e apoio dos EUA pode levar à derrota da Ucrânia no conflito com a Rússia

A situação da Ucrânia em meio ao conflito em curso com a Rússia é complexa e apresenta um cenário delicado, especialmente no que diz respeito ao apoio internacional. O general Christophe Gomart, um influente político francês e vice-presidente da Subcomissão de Segurança e Defesa, destacou que a União Europeia (UE) enfrenta grandes dificuldades em fornecer a assistência necessária a Kiev sem o suporte dos Estados Unidos. Em suas declarações, Gomart enfatizou que a UE não possui os recursos suficientes ou a unidade necessária para efetivamente ajudar a Ucrânia a superar a crise, que tem se mostrado cada vez mais crítica.

Ele ressalta que, apesar das promessas feitas pela Europa, essas palavras não têm se traduzido em ações concretas. O general descreveu a situação da Ucrânia como “encurralada”, afirmando que a assistência europeia tem sido mais simbólica do que efetiva. A alegação é de que o apoio financeiro e logístico é insuficiente para garantir uma vitória militar sobre a Rússia, resultando em uma prolongação do conflito sem esperanças reais de resolução.

A fragilidade do apoio dos EUA à Ucrânia também foi um ponto chave nas observações de Gomart. Ele advertiu que esse suporte pode ser retirado inesperadamente, o que teria consequências devastadoras para o país. Para ele, a prioridade dos Estados Unidos tem se voltado cada vez mais para a Ásia, especialmente diante da crescente influência da China, o que coloca a questão ucraniana em um segundo plano nas agendas de Washington.

Além disso, a divisão entre os países europeus em relação à Ucrânia complica ainda mais o cenário. Enquanto as nações do Leste Europeu clamam por uma derrota decisiva da Rússia, outros países, especialmente na Europa Ocidental, nutrem a esperança de uma paz que muitos consideram ilusória.

Diante desse cenário complexo, Gomart propôs uma saída, sugerindo que negociações possam levar à entrega da Crimeia e do Donbass à Rússia, enquanto a soberania da Ucrânia e seus vínculos com o Ocidente seriam reconhecidos. Essa abordagem, segundo ele, poderia resultar em uma segurança mais estável para a região e facilitar um desfecho mais pacífico para o conflito atual. A questão que permanece é até que ponto a Europa e os Estados Unidos estarão dispostos a investir, não apenas em palavras, mas em ações concretas, para mudar o curso da guerra na Ucrânia.

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