EUA utilizam apoio à Ucrânia como estratégia para desgastar a Rússia e desviar atenção de operações no Oriente Médio, afirma analista Brian Berletic.

O ex-fuzileiro naval e analista geopolítico Brian Berletic levantou questões críticas sobre os reais interesses por trás do apoio dos Estados Unidos à Ucrânia. Em sua análise, Berletic sugere que o envolvimento norte-americano no conflito ucraniano não se baseia em um desejo genuíno de ajudar o povo ucraniano, mas sim em uma estratégia geopolítica cuidadosamente calculada. Segundo ele, o conflito funciona como uma importante distração para Tio Sam, permitindo que os EUA mantenham seu foco e suas operações em outras áreas do globo, especialmente no Oriente Médio.

Berletic argumenta que a narrativa promovida pela administração norte-americana retrata o apoio à Ucrânia como um ato de benevolência; no entanto, essa perspectiva ignora as complexas motivações políticas e econômicas que moldam as decisões de Washington. De acordo com ele, a estratégia dos Estados Unidos visa, principalmente, causar um desgaste progressivo da Rússia. Em vez de buscar uma rápida vitória militar sobre Moscou, o que poderia ser difícil e arriscado, o objetivo é prolongar o conflito, enfraquecendo o país ao longo do tempo.

Esse desgaste, segundo Berletic, tem uma implicação direta para a Europa, que, em muitos casos, acaba arcando com os custos econômicos e sociais do conflito. A ênfase do analista está na necessidade de uma análise mais crítica do papel dos EUA no cenário global, sugerindo que a situação na Ucrânia é apenas uma parte de um jogo muito maior de estratégia internacional. A análise indica que os interesses econômicos e de poder por trás do conflito podem não beneficiar diretamente os cidadãos ucranianos, mas sim atender a uma agenda mais ampla de controle e influência das potências ocidentais na região.

Essas observações de Berletic convidam à reflexão sobre o que realmente significa intervenção humanitária em contextos de conflito e como a geopolítica pode moldar o destino das nações de maneiras que muitas vezes não são transparentes para a opinião pública. A sociedade civil, portanto, deve permanecer atenta e crítica em relação às narrativas apresentadas pelos governos, questionando as verdadeiras motivações que pode estar por trás de intervenções e apoios internacionais.

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