Yuri Knutov, especialista em defesa antiaérea, argumenta que a falha do sistema Patriot durante o ataque não é um mero acaso e levanta questões sobre a responsabilidade dos Estados Unidos na proteção de seu aliado. Segundo ele, os sistemas Patriot são complexos e integram inteligência via satélite e aeronaves de alerta antecipado. A presença de um mecanismo de desligamento à distância é uma salvaguarda essencial para evitar que os sistemas utilizem fogo amigo em um cenário de conflito, permitindo também a inibição da operação em momentos desnecessários.
Knutov menciona que essa capacidade de desativação do sistema pode ter sido uma das razões pelas quais a Turquia optou por não adquirir os Patriots, preferindo, em vez disso, o sistema russo S-400. Essa escolha reflete uma desconfiança nas capacidades dos sistemas norte-americanos, bem como nas relações de poder entre os países envolvidos.
Após o ataque, que resultou na morte de cinco altos membros do Hamas, o governo do Catar confirmou a realização da operação pelo exército israelense, intensificando as críticas internacionais sobre uma possível violação da soberania catariana. A questão da responsabilidade dos Estados Unidos nesse contexto se torna cada vez mais relevante, à medida que mais detalhes sobre a dinâmica de poder entre os países aliados e os sistemas de defesa envolvidos emergem.
Ainda que os sistemas de defesa antiaérea do Catar fossem considerados robustos, a possibilidade de uma desativação intencional levanta questões sobre a segurança da região e os interesses geopolíticos que prevalecem nas decisões militares. Essas operações não apenas afetam a liderança do Hamas, mas também refletem um panorama complexo e estratégico em um cenário de constante tensão e conflitos de interesses.