EUA suspendem pedidos de imigração de afegãos após tiroteio em Washington, enquanto Donald Trump critica Biden pela entrada do atirador no país.

O Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS) anunciou a suspensão indefinida de todas as solicitações de imigração de residentes afegãos. Essa decisão foi vigorosamente motivada por um incidente que ocorreu nas proximidades da Casa Branca, na madrugada de quinta-feira, 27 de novembro, quando um tiroteio deixou dois membros da Guarda Nacional feridos. O atirador, identificado como Rahmanullah Lakanwal, um afegão de 29 anos que reside nos Estados Unidos desde 2021, disparou contra as autoridades durante uma área de intenso movimento próximo à estação Farragut West.

O atendimento de pedidos de imigração de cidadãos afegãos foi interrompido à luz do que o USCIS descreveu como necessidade de uma revisão mais detalhada dos protocolos de segurança e verificação. O alerta emitido pelo órgão implica preocupações não apenas sobre a segurança pública, mas também sobre a integridade do sistema de imigração, especialmente quando considerado no contexto atual de tensões e incidentes violentos.

Após o ataque, o ex-presidente Donald Trump utilizou sua plataforma Truth Social para responsabilizar o governo Biden pela entrada de Lakanwal no país, afirmando que o imigrante foi trazido durante as operações de evacuação em massa em setembro de 2021. Trump argumentou que, na época, havia uma falta de supervisão sobre quem estava sendo admitido nos Estados Unidos, enfatizando que o status de Lakanwal foi ampliado sob uma legislação assinada durante a administração Biden.

Lakanwal, que havia solicitado asilo em 2024 e recebeu aprovação para sua solicitação em abril deste ano, agiu sozinho no atentado. Agora sob custódia, suas ações levantam questionamentos sobre o manejo da imigração e as medidas de segurança nos Estados Unidos. Além disso, o incidente ocorre em um período em que mais de 2 mil integrantes da Guarda Nacional estão presentes em Washington D.C., em uma mobilização militar ordenada por Trump, que busca intensificar a segurança na capital em resposta a crescentes preocupações sobre crimes e segurança pública.

Recentemente, um juiz federal havia temporariamente suspendido o envio de tropas para Washington, alegando violação da legislação. No entanto, após o tiroteio, a administração Trump solicitou uma revisão dessa decisão. O ambiente político e social se torna ainda mais tenso, à medida que o país se depara com dilemas complexos envolvendo imigração e segurança.

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