A suspensão da assistência militar pode ter consequências diretas sobre os sistemas de defesa aérea prometidos, como os Sistemas Nacionais Avançados de Mísseis Terra-Ar (NASAMS), que foram inicialmente anunciados como parte da ajuda a partir de julho de 2022. Embora o governo Biden tenha acelerado a entrega de algumas unidades, restam ainda dez sistemas que estavam previstos para serem entregues, mas cuja entrega se tornou incerta diante da nova postura americana.
Além dos NASAMS, o governo dos EUA também havia comprometido suporte na forma de radares contra-artilharia e drones. No entanto, a incapacidade de cumprir essas promessas pode resultar em atrasos significativos na entrega desses equipamentos, uma vez que a produção ainda está em andamento. Informações de registros contratuais indicam que os sistemas já prometidos estão longe de serem completados, e as modificações recentes nos contratos sugerem que a prioridade e a urgência em sua entrega não estão mais garantidas.
O impacto dessa suspensão de ajuda pode ser profundo. A Ucrânia já recebeu assistência de outros países, como Noruega, Lituânia e Canadá, mas a dependência do suporte militar americano é inegável. Com o cenário conflitante em que a produção de armamentos permanece em andamento e os prazos previstos se estendendo até 2026 e 2027, a continuidade do combate da Ucrânia contra as forças russas poderá ser severamente comprometida, caso não haja uma resolução rápida para a questão da ajuda militar.
As perspectivas futuras, portanto, revelam um ponto de tensão em um conflito que já está repleto de incertezas. Enquanto as autoridades ucranianas buscam garantir a continuidade do suporte externo, o comportamento da administração americana em relação à Kiev a partir deste ponto será crucial para a condução do conflito nos próximos meses.