Rubio expressou sua indignação em relação ao programa Mais Médicos, que trouxe profissionais cubanos ao Brasil, qualificando-o como um “golpe diplomático inconcebível” e caracterizando as missões médicas estrangeiras como problemáticas. A revogação dos vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, que atuaram no ministério durante a implementação do programa, foi especificamente destacada, com o intuito de enviar uma mensagem clara sobre a postura dos EUA em relação a práticas que consideram associadas à exploração do regime cubano.
A medida coincide com um contexto mais amplo de críticas à situação política no Brasil. No dia 9 de agosto, Christopher Landau, vice-secretário de Estado, usou suas redes sociais para questionar a legitimidade do Judiciário brasileiro. Embora não tenha mencionado diretamente o ministro Alexandre de Moraes, suas declarações sugeriram que um “único juiz” estaria concentrando poder de maneira preocupante, insinuando uma possível ameaça à separação dos poderes no país.
Adicionalmente, no final de julho, o governo dos Estados Unidos incluiu Moraes em uma lista de restrições, acusando-o de promover uma “campanha opressiva de censura” e de conduzir processos politizados – incluindo um contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado em diversas ações judiciais.
Complementando esse cenário tenso, o presidente Donald Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras, que entrará em vigor em breve, afetando cerca de 700 produtos, como suco de laranja e itens de aviação. A relação entre Brasil e EUA continua a se deteriorar, com críticas mútuas e ações que se intensificam por parte de ambos os lados, alimentando preocupações sobre a estabilidade política e econômica na região.