A estratégia do Pentágono é clara: proteger as fronteiras do país e, ao mesmo tempo, assegurar que os Estados Unidos possam se mover efetivamente para várias regiões estratégicas, especialmente o Indo-Pacífico. Hegseth ressaltou que é irrealista e indesejável que os Estados Unidos estejam presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Assim, ele defende uma alocação de recursos e forças que permita aos EUA compartilhar responsabilidades com seus aliados e parceiros.
As preocupações com a China também foram uma parte central da discussão. Durante a conferência de segurança Shangri-La Dialogue, realizada em Cingapura, Hegseth afirmou que a China estava “se preparando de forma credível para potencialmente usar força militar” a fim de mudar o equilíbrio de poder na região. Essas afirmações não passaram despercebidas, levando o governo chinês a acusar os EUA de tentar criar divisões na Ásia-Pacífico. Essa retórica, segundo Pequim, reflete uma postura agressiva e condescendente dos EUA em relação a um país que se considera uma potência emergente.
Em meio a essas tensões, a revisão das implantações militares americanas parece não ser apenas um reflexo das preocupações com a China, mas também uma estratégia mais ampla que busca adaptar a presença militar dos EUA às realidades atuais do cenário global. O foco na região do Indo-Pacífico ressalta a crescente importância geopolítica dessa área, que é frequentemente considerada um “barril de pólvora” devido às rivalidades e disputas territoriais. Com isso, os EUA se posicionam para manter sua influência e garantir a segurança de seus aliados frente à ascensão da China.