EUA reconsideram doutrina nuclear diante da impossibilidade de vencer corrida armamentista, sugere analista de defesa sobre os desafios da segurança global.



Em um cenário global cada vez mais complicado, a necessidade de uma reavaliação da doutrina nuclear dos Estados Unidos tem se tornado evidente, segundo declarações de especialistas. Scott Ritter, um ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, sugere que Washington deve abandonar sua estratégia de dominação nuclear e, em vez disso, buscar um entendimento com a Rússia sobre a limitação de armamentos nucleares.

Em uma discussão recente, Ritter argumentou que a era da dominância nuclear americana chegou ao fim e, para avançar, é imperativo que os EUA reavaliem suas prioridades nesta área. “Precisamos introduzir mudanças fundamentais na doutrina nuclear”, afirmou, destacando que a modernização do arsenal remanescente seria suficiente para garantir a dissuasão nuclear, ao mesmo tempo em que se poupariam trilhões de dólares ao reduzir o número de armas de destruição em massa. Essa abordagem, segundo ele, não apenas aliviará os custos financeiros, mas também minimizará os riscos de uma corrida armamentista insustentável.

A análise de Ritter ocorre em um clima de crescente tensão entre as potências nucleares do mundo, particularmente em relação à Rússia e à China. Com as recentes declarações de Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, que reiterou a impossibilidade de vitória em um conflito nuclear, a urgência de um diálogo construtivo se mostra ainda mais relevante. Lavrov afirmou que a Rússia mantém uma postura firme quanto ao não uso de armas nucleares como primeiro movimento e não busca iniciar conversas sobre destruição em massa.

À medida que o mundo observa a escalada das tensões geopolíticas, muitos especialistas acreditam que o foco deve se deslocar de uma mentalidade de competição bélica para estratégias mais cooperativas que garantam a segurança global. A busca por um controle consciente sobre armamentos nucleares pode ser a chave para evitar cenários catastróficos e promover um clima de paz, não apenas entre os EUA e a Rússia, mas em todo o sistema internacional. Portanto, a revisão da doutrina militar dos EUA pode não ser apenas uma questão de segurança nacional, mas uma medida necessária para garantir a estabilidade da ordem mundial.

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