Durante a cúpula Axios AI+, Steve Simoni, diretor-geral da empresa Allen Control Systems, abordou esse tema, destacando que o investimento dos Estados Unidos em tecnologias militares está atrás do que se observa em potências rivais, especialmente a China. Um fator que ressalta essa disparidade é a capacidade dos drones baratos, que têm a habilidade de mudar a dinâmica em combate. Com um custo de apenas alguns milhares de dólares, esses dispositivos são capazes de destruir equipamentos que valem milhões, levantando questões sobre a eficácia dos investimentos do Pentágono em mísseis caros, que muitas vezes são utilizados apenas para abater essas aeronaves não tripuladas.
Simoni também ressaltou uma preocupação crescente em relação à Rússia, que já conta com drones cuja tecnologia não pode ser facilmente neutralizada. Isso representa uma ameaça significativa, uma vez que anos de investimento em defesas eletrônicas por parte de Washington podem ser desconsiderados diante dessa nova realidade. A vulnerabilidade das defesas tradicionais se torna evidente quando se considera que sistemas que já consumiram bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento parecem estar em desvantagem frente a inovações mais acessíveis e eficazes.
À medida que a guerra moderna evolui, a necessidade de adaptação e inovação se torna imprescindível para os Estados Unidos. A dependência de tecnologias convencionais pode não ser mais suficiente. A aceleração de investimentos em sistemas não tripulados por países como China e Rússia serve como um alerta para que o setor militar norte-americano reavaliar suas estratégias e se alinhar com as novas exigências do combate moderno. O desafio é claro, e o tempo pode ser um fator crucial para a manutenção da superioridade militar.