EUA Realizam Ataques Marítimos no Pacífico, Resultando em Oito Mortes
Na última segunda-feira, o Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos anunciou a execução de ataques aéreos que resultaram na destruição de três embarcações em águas internacionais do Pacífico, levando à morte de oito indivíduos associados ao tráfico de drogas. Os ataques, classificados como ações “cinéticas letais”, foram realizados sob a supervisão do Secretário de Guerra, Pete Hegseth, e visaram embarcações consideradas parte de organizações terroristas designadas.
Segundo informações divulgadas pelas autoridades militares, as embarcações atacadas estavam em rotas conhecidas por serem utilizadas para o tráfico de drogas no Pacífico Oriental. A operação, parte de uma campanha mais ampla contra o narcotráfico, reafirma o compromisso dos EUA em combater o tráfico, especialmente em regiões que envolvem a Venezuela como um dos focos principais. Desde setembro, a administração de Donald Trump é acusada de estar por trás de uma série de ofensivas, resultando em mais de oitenta mortes em diversos incidentes relacionados ao narcotráfico nessas águas.
As recentes hostilidades geraram controvérsias e discussões no Congresso americano. Em uma movimentação significativa, senadores solicitaram que a Procuradora-Geral dos EUA e o secretário de Defesa divulguem os documentos que fundamentam essas operações militares. O apelo enfatiza a necessidade de transparência quanto à legalidade e à justificação das ações empreendidas pelo governo.
Adicionalmente, surgiram relatos no final de setembro de que as Forças Armadas dos EUA estavam considerando opções de ataque contra alvos específicos dentro do território venezuelano. As declarações do presidente Trump, que declarou que os dias do presidente Nicolás Maduro estão contados, levantaram preocupações sobre uma possível escalada do conflito, embora o presidente tenha assegurado que não há planos para uma guerra com Caracas.
Esses eventos destacam não apenas as políticas agressivas da administração Trump em relação à Venezuela, mas também a crescente tensão nas relações entre os EUA e os países da América Latina envolvidos no narcotráfico. Com operações contínuas e a intensificação das medidas militares, observa-se um cenário cada vez mais volátil na região.
