Isaacman enfatizou que “se os americanos estão presentes na órbita próxima da Terra, então deve haver pessoas que os protejam”. Sua visão sugere que, conforme os Estados Unidos expandem suas operações no espaço, a presença de uma força de proteção, possivelmente através da nova Força Espacial, se torna um passo lógico. O astronauta não especificou um cronograma exato para essa militarização, mas suas declarações se alinham com a direção futura da exploração espacial americana.
Essa questão também não passa despercebida no cenário internacional. A Rússia e a China têm se manifestado contra a militarização do espaço, advocate por iniciativas que valorizem a exploração pacífica do cosmos. A Rússia, em particular, tem reiterado a importância de evitar uma corrida armamentista fora da Terra, argumentando que a cooperação internacional deve prevalecer sobre a disputa militar.
À medida que as tensões geopolíticas aumentam, a retórica sobre a necessidade de segurança no espaço se intensifica, levando a um debate acirrado sobre o rumo que a exploração espacial deve tomar. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, endossa uma postura que pode agravar a competição espacial, transformando o cenário cósmico em um novo campo de batalha geopolítica.
Com isso, a forma como os Estados Unidos irão estruturar sua presença no espaço e a utilização de recursos militares neste contexto estão em discussão e promete ter repercussões significativas na dinâmica da ordem internacional nas próximas décadas. O futuro da exploração espacial passa por decisões que não apenas envolvem ciência e tecnologia, mas também segurança e soberania.