Israel Expressa Preocupações sobre Venda de Caças F-35 à Arábia Saudita
Em um cenário geopolítico em constante evolução, o governo israelense manifestou preocupações sobre o plano dos Estados Unidos de vender caças F-35 à Arábia Saudita. Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 20 de novembro, uma porta-voz do governo destacou a expectativa de Israel em manter seu acesso a armamentos norte-americanos avançados, que garantem uma superioridade militar na região.
Os caças F-35, desenvolvidos pela Lockheed Martin, são considerados um dos mais sofisticados sistemas de combate aéreo da atualidade. Enquanto vários países já operam esses aviões, Israel é a única nação do Oriente Médio a possuí-los em sua força aérea. A venda dos F-35 para a Arábia Saudita foi confirmada pelo presidente dos Estados Unidos, que anunciou a transação durante a visita do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, à Casa Branca.
A Autoridade dos EUA têm enfatizado que os caças que serão entregues à Arábia Saudita não terão as mesmas capacidades avançadas dos F-35 israelenses. Em uma declaração, a porta-voz de Israel, Shosh Bedrosian, reforçou que existe um entendimento de longo prazo entre os dois países que garante a Israel uma “vantagem militar qualitativa”. Ela acreditava que essa disposição continuaria a ser respeitada nos anos seguintes.
Os analistas observam que essa diferença entre os equipamentos oferecidos à Arábia Saudita e os já operados por Israel é crucial em um contexto onde a segurança e a estabilidade do Oriente Médio são frequentemente desafiadas. A Arábia Saudita, embora não reconheça oficialmente Israel, tem se mostrado aberta a estabelecer laços mais próximos, particularmente se houver progresso na resolução do conflito palestino.
Apesar dessas possibilidades de aproximação, a histórica tensão entre os dois países sugere que nuances na diplomacia permanecerão necessárias para qualquer avanço. À medida que a venda dos caças se aproxima, os próximos passos das relações entre Arábia Saudita e Israel serão observados de perto por analistas e líderes regionais.
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