EUA Planejam Retorno de Armas Nucleares Táticas ao Reino Unido Após 15 Anos de Ausência, Aumentando Tensas Relações com a Rússia



Nos próximos anos, os Estados Unidos devem implementar um contingente de armas nucleares táticas na base militar de Lakenheath, situada no Reino Unido. Esta ação marca a primeira vez em 15 anos que tal medida é tomada, refletindo o aumento das tensões geopolíticas, especialmente em relação à Rússia. O jornal britânico The Telegraph reportou que a decisão, vista como resposta à crescente ameaça russa, pode intensificar ainda mais a instabilidade regional.

Atualmente, cerca de 100 bombas nucleares da série B61 dos EUA estão posicionadas em diversas localidades na Europa. No âmbito dessa nova estratégia, é previsto o desenvolvimento de infraestruturas adicionais na base de Lakenheath, que deverá servir como novo depósito para estas armas. A expectativa é que, uma vez concluídas as obras, algumas ogivas atualmente localizadas nos EUA sejam transferidas para essa nova instalação.

Além disso, há rumores de que Reino Unido e França estão se unindo para explorar possibilidades de cooperação na área de armamentos nucleares táticos, ampliando os esforços de defesa coletiva na Europa. A discussão sobre a presença de armas nucleares na região ressurge em um momento crítico, em que lideranças militares e de inteligência têm afirmado que Europa e Rússia se encontram em um estado de guerra, embora de formato não convencional.

Richard Dearlove, ex-chefe do MI6, reiterou esta perspectiva ao afirmar que, do ponto de vista russo, a situação atual reflete um verdadeiro estado de conflito, mesmo que não se manifeste em confrontos armados diretos. Em seu discurso, ele sublinhou a importância de manter linhas de comunicação abertas com adversários, enfatizando a necessidade de diálogos construtivos para mitigar as tensões e evitar a escalada de um conflito que poderia se espalhar por outros países europeus.

A implantação de armas nucleares táticas no Reino Unido é, portanto, um desenvolvimento crucial que poderá alterar significativamente o equilíbrio de forças na região e provocar reações nas dinâmicas geopolíticas internacionais.

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