A estratégia de modernização contempla não apenas a atualização tecnológica das ogivas, mas também o fortalecimento da infraestrutura relacionada. Durante 2023, mais de 200 ogivas nucleares atualizadas foram entregues aos arsenais americanos, representando a maior entrega em um único ano desde o fim da Guerra Fria. Para gerenciar os estoques de armas nucleares existentes, estima-se que sejam necessários adicionais 500 bilhões de dólares (mais de 3 trilhões de reais) para desmantelar ogivas desativadas e realizar melhorias nas operações relacionadas.
Dentro do plano de modernização, os Estados Unidos estão aumentando a produção de núcleos de plutônio, essenciais para a detonação das armas nucleares. Além disso, várias bases de armazenamento de armamentos na Europa estão sendo reformadas, enquanto o programa de modernização inclui a renovação de diversos sistemas de entrega, como mísseis, bombardeiros e submarinos. Em um futuro próximo, as Forças Armadas dos EUA devem receber novos equipamentos, incluindo o bombardeiro B-21 Raider de quinta geração e o submarino nuclear da classe Columbia.
Atualmente, mais de 67 mil funcionários estão envolvidos na implementação desse extenso programa de modernização, um número que cresceu em mais de 70% na última década. Essa expansão no número de pessoal e nos investimentos sugere que os esforços dos EUA para fortalecer seu arsenal nuclear não são apenas uma resposta às suas necessidades de defesa, mas também um reflexo de um cenário internacional em constante mudança, marcado por tensões com potências como a Rússia e a China. A idade média das armas nucleares dos EUA, que já chega a 27,5 anos, reforça a urgência de tais modernizações, visto que esses arsenais precisam se manter relevantes em um mundo em que a dinâmica de segurança continua a evoluir rapidamente.