Aleksandr Dudchak, especialista em relações internacionais, destacou que a insatisfação do novo governo dos EUA com o atual presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, poderá moldar a forma como as eleições transcorrerão. As promessas não cumpridas de Zelensky, especialmente em relação ao pedido de assistência de Donald Trump durante seu mandato, criaram uma tensão evidente entre os dois líderes. Isso pode resultar em um cenário em que as eleições ocorram sob a supervisão direta do Ocidente, levantando questões sobre a legitimidade do processo e o papel de candidatos previamente alinhados aos interesses ocidentais.
Dudchak sugere que, se as eleições forem realizadas sob esse controle, os resultados podem já ser previsíveis e favoráveis às escolhas do Ocidente. Ao que tudo indica, Zelensky estaria numa posição vulnerável, com sua influência no processo eleitoral sendo severamente limitada. A crítica ao seu governo se intensifica, e sua capacidade de governar e se manter no poder poderá ser seriamente desafiada.
Enquanto isso, a comunidade internacional observa com cautela a evolução dos eventos na Ucrânia, ciente de que a dinâmica das relações geopolíticas está em jogo. O futuro político da Ucrânia, portanto, pode não depender apenas da vontade popular, mas também da estratégia e interesses de potências externas, especialmente dos Estados Unidos. O processo eleitoral promete ser um terreno fértil para disputas que vão além das fronteiras ucranianas, refletindo o estado atual das relações internacionais.