As declarações feitas por Noem em uma visita ao Novo México ressaltam a perspectiva de que a nova aparência do muro deve atuar como um desestímulo para migrantes indocumentados. Ela afirma que a combinação da altura do muro e a sua nova coloração o torna “alto demais para escalar” e “estreito demais para atravessar”. A ideia é que a tinta preta aquecerá tanto ao toque que tornará a tentativa de escalada extremamente desconfortável, levando os imigrantes a reconsiderar suas estratégias de travessia.
O impacto da estratégia vai além da estética. O diretor da Patrulha de Fronteira, Mike Banks, acrescentou que a nova pintura também ajudará a prevenir a ferrugem da estrutura, aumentando sua durabilidade. Paradoxalmente, enquanto autoridades enfatizam a construção de um muro mais eficientemente resistente, o governo americano está investindo aproximadamente 46 bilhões de dólares na extensão da barreira ao longo da fronteira. Segundo Noem, a construção avança a uma taxa de quase 800 metros por dia, reforçando a ideia de que esse muro representa um “escudo” e um “monumento ao compromisso inabalável” da administração Trump com a segurança nacional.
Desde a posse do atual governo, autoridades reportaram uma queda significativa nas travessias ilegais, com cerca de 300 mil migrantes detidos desde janeiro. Essa redução é atribuída a uma política de imigração severa, com abordagens de detenção em massa, que se mostrou um forte elemento dissuasivo para muitos que buscam entrar nos EUA.
Contudo, a pintura do muro é apenas um aspecto de um complexo debate sobre imigração e segurança nacional nos Estados Unidos. A questão continua a gerar discussões acaloradas sobre a eficácia dessas políticas e suas implicações sociais e humanitárias.