EUA oferecem suporte defensivo à Arábia Saudita em meio a tensões com o Irã e preocupações sobre a segurança regional e economia do petróleo.

Em meio a crescentes tensões no Oriente Médio, os Estados Unidos reafirmaram seu compromisso em oferecer suporte defensivo à Arábia Saudita caso este reino seja alvo de um ataque pelo Irã ou por seus aliados regionais. Essa garantia foi interpretada como um sinal de alívio para o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman e outros líderes dos países do Golfo Pérsico, que atualmente monitoram de perto a situação tensa resultante de um ataque de mísseis por parte do Irã em 1º de outubro.

Teerã já advertiu que qualquer nação que colabore com Israel, especialmente ao permitir o uso de seu espaço aéreo, poderia se tornar uma potencial vítima de retaliações iranianas. No contexto atual, uma intervenção americana também seria estratégica para proteger as instalações petrolíferas sauditas, reforçando uma rede de segurança que, se comprometida, pode impactar gravemente os preços globais de energia.

Fontes diplomáticas indicam que os países da região estão preocupados com as repercussões que uma escalada do conflito pode trazer para seus interesses econômicos e de segurança. Em resposta a essa situação, o governo Biden realiza conversas regulares com seus aliados, incluindo a Arábia Saudita, para discutir preparações em diferentes cenários que envolvem a integração de sistemas de defesa. Um funcionário do governo, sob condição de anonimato, destacou que os EUA mantêm significativas capacidades defensivas na região.

Recentemente, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, encontrou-se com Mohammed bin Salman em Riad, um passo crucial para reforçar a colaboração entre os dois países. No entanto, a resposta americana a um ataque iraniano permanece incerta. Embora os EUA estejam considerados prontos para uma resposta mais robusta, a natureza dessa intervenção dependerá da magnitude do ataque que eventualmente ocorre.

Diante deste dilema, a Arábia Saudita busca navegar entre dois objetivos aparentemente conflitantes: por um lado, deseja manter um acordo de paz mediado pela China com o Irã, e por outro, busca reforçar sua parceria defensiva com os Estados Unidos. Essa situação multifacetada complicará qualquer desenvolvimento futuro na já volátil geopolítica do Oriente Médio.

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