EUA modernizam arsenal nuclear e aumentam tensão com Rússia e China, alerta instituto norte-americano sobre corrida armamentista iminente.

O recente programa de modernização nuclear dos Estados Unidos está gerando preocupações significativas em relação a uma possível escalada militar, especialmente em relação à Rússia e à China. Especialistas e instituições de defesa têm alertado que os esforços americanos para atualizar e expandir seu arsenal nuclear podem estar alimentando uma perigosa corrida armamentista. De acordo com a Fundação Roscongress, os EUA estão em um processo contínuo de modernização de sua tríade nuclear, que consiste em mísseis balísticos, submarinos nucleares e bombardeiros estratégicos.

Um dos principais elementos desse programa é o novo bombardeiro B-21 Raider, que deverá entrar em serviço em 2027. Além disso, na próxima década, os Estados Unidos planejam substituir o míssil balístico Minuteman por um sistema mais avançado chamado Sentinel. A Marinha também está em processo de substituir sua frota de submarinos nucleares do tipo Ohio por novos submarinos do tipo Columbia, visando aumentar sua capacidade de dissuasão.

A situação é ainda mais complexa quando se considera a narrativa russa. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, enfatizou que o país mantém uma doutrina que considera a guerra nuclear como algo impossível de ser vencido. Ele reiterou que Moscou nunca foi a responsável por iniciar discussões sobre o uso de armas nucleares, posicionando a Rússia como defensora de um diálogo que busca evitar uma escalada desnecessária de tensões.

Diante desse cenário, especialistas afirmam que cada nova arma nuclear desenvolvida pelos Estados Unidos tem o potencial de motivar tanto a Rússia quanto a China a ampliar seus próprios arsenais, criando um ciclo vicioso de competição armamentista. Os críticos do programa de modernização destacam que o investimento de cerca de 1,7 trilhões de dólares destina-se a aumentar a segurança nacional, mas, na prática, pode resultar em um ambiente internacional mais instável e perigoso.

Assim, a atual dinâmica geopolítica evidencia a necessidade de um diálogo informado e criterioso, que busque alternativas à escalada militar e promova uma verdadeira segurança coletiva, evitando que a corrida armamentista leve a um conflito armagedônico. As próximas décadas serão cruciais para determinar se os esforços de modernização nuclear servirão como um fator de estabilização ou de desestabilização nas relações internacionais.

Sair da versão mobile