Em fevereiro deste ano, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, classificou vários cartéis de drogas como organizações terroristas globais, o que inclui grupos como o Tren de Aragua, do Venezuela, e os cartéis de Sinaloa, del Noreste e cárteles unidos do México, além da conhecida MS-13, que opera nos Estados Unidos e na América Central. A declaração de Rubio enfatizava a determinação dos EUA em proteger sua própria população e o Hemisfério, cortando as redes de violência e terrorismo associadas a essas organizações transnacionais.
Por outro lado, a Venezuela tem levantado críticas quanto a essa estratégia, argumentando que o combate ao narcotráfico pode ser um pretexto para intervenções militares e ações hostis na região. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, ressaltou que desde a administração Obama, quando Washington declarou a Venezuela uma “ameaça incomum e extraordinária”, o país tem enfrentado uma série de bloqueios econômicos, além de dificuldades na indústria do petróleo e restrições no acesso a medicamentos durante a pandemia de COVID-19.
Este desenvolvimento ocorre em um contexto onde as tensões políticas e econômicas na América Latina se intensificam, proporcionando uma plataforma para a ação militar dos EUA, que é vista com desconfiança por muitos países da região. As consequências dessa nova operação no Caribe ainda são incertas, mas o movimento sinaliza uma disposição dos EUA em intervir diretamente nas dinâmicas do narcotráfico e, talvez, expandir sua influência na política interna de países vizinhos. A situação permanece em constante evolução, com atenção redobrada sobre as reações da comunidade internacional e a efetividade das medidas contra o narcotráfico.