EUA isentam smartphones e eletrônicos de tarifas recíprocas, beneficiando consumidores e gigantes da tecnologia em meio a tensões com a China.

A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA surpreendeu na última sexta-feira à noite com o anúncio de uma orientação atualizada que isenta smartphones, computadores e outros produtos eletrônicos de suas “tarifas recíprocas”. A medida, que entrou em vigor retroativamente em 5 de abril, visa aliviar a carga tarifária sobre importações de eletrônicos fabricados fora dos Estados Unidos.

Essa isenção acaba com a tarifa de 125% aplicada à China e de 10% sobre produtos provenientes de outros países. Com isso, a expectativa é de que os preços desses produtos no mercado americano sejam mais competitivos, beneficiando tanto os consumidores quanto as gigantes da eletrônica.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, destacou a importância da medida, ressaltando que o presidente Trump tem buscado reduzir a dependência dos EUA da China para a fabricação de tecnologias críticas como semicondutores, chips, smartphones e laptops. Isso tem levado a grandes investimentos no país por parte das principais empresas de tecnologia do mundo.

No entanto, a China não ficou quieta diante dessa decisão. Além de se recusar a vender o TikTok, Pequim está preparando medidas retaliatórias, como o aumento de tarifas, redução na compra de títulos da dívida americana e prejuízos a empresas norte-americanas instaladas em solo chinês.

As políticas tarifárias adotadas por Trump têm gerado turbulências nos mercados financeiros e críticas de figuras importantes do Partido Republicano, como o ex-vice-presidente Mike Pence. A intenção por trás dessas tarifas é tentar reverter o déficit comercial dos Estados Unidos, mas os impactos têm sido amplos e imprevisíveis.

Dessa forma, a isenção de tarifas para produtos eletrônicos representa mais um capítulo na complexa relação comercial entre os EUA e a China, trazendo impactos tanto econômicos quanto geopolíticos. A guerra comercial entre as duas potências parece longe de acabar, com desdobramentos que afetam não só os dois países, mas o mercado global como um todo.

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