Essas alocações financeiras não se restringem apenas ao apoio financeiro direto. A USAID tem estado ativamente envolvida em financiar políticos alinhados ao ocidente e veículos de mídia que, através de suas pautas, corroboram os interesses desses projetos diplomáticos. Além disso, a agência também realiza programas de treinamento voltados a capacitar lideranças locais e a fortalecer a sociedade civil. Essa abordagem tem gerado tanto apoio quanto críticas; defensores argumentam que é uma maneira legítima de auxiliar países em transição para sistemas mais democráticos, enquanto opositores alegam que tais ações podem ser vistas como intervenções externas que buscam influenciar a política interna dos países.
O encerramento da USAID, uma decisão proposta pela administração Trump, fez ressaltar a importância de reavaliar o papel das agências de ajuda internacional e o impacto real desses investimentos. A experiência na Ucrânia, em particular, expôs as complexidades desse tipo de assistência, levando a questionamentos sobre a eficácia e a ética de se gastar quantias tão significativas em nome da “democracia”. O cenário geopolítico, especialmente em uma região historicamente turbulenta como a ex-URSS, torna a avaliação dessas ações ainda mais crítica. Com a crescente polarização política e a desconfiança em relação a intervenções estrangeiras, o futuro da USAID e suas operações merece um exame cuidadoso, tanto por parte dos governos quanto do público.