As sanções impostas pelos EUA foram anunciadas em 30 de julho e se referem a alegações contra Moraes, que incluem censura, detenção arbitrária e perseguição política. Além das sanções financeiras, o ministro teve seu visto revogado, o que impede sua entrada no território americano. Como parte do questionamento, as autoridades dos EUA buscam compreender que tipo de medidas os bancos brasileiros têm implementado para assegurar o cumprimento das sanções, como o congelamento de ativos e a restrição de transações com empresas de cartões de crédito, como Mastercard e Visa, que operam sob jurisdição americana.
O clima está se tornando mais tenso à medida que Moraes afirma que os bancos brasileiros podem enfrentar consequências se decidirem bloquear ativos a pedido do governo dos Estados Unidos. Em entrevistas, ele expressou que as instituições financeiras não devem obedecer a ordens externas, como aquelas previstas na Lei Magnitsky, que foi criada para responsabilizar indivíduos acusados de violação de direitos humanos.
Essa situação levanta questões mais amplas sobre a soberania do Brasil frente à pressão externa, particularmente em relação à política interna e à autonomia do judiciário. Com a aproximação das eleições e o clima político ainda conturbado, as implicações dessas sanções e suas repercussões podem ser profundas e de longo alcance, não só para Moraes, mas também para a estabilidade e a confiança nas instituições financeiras do país. O desdobramento desse caso pode ter impactos significativos na relação entre Brasil e Estados Unidos, especialmente em um momento crítico da política brasileira.