EUA Investem US$ 253 Milhões para Fortalecer Presença Nuclear na Europa em Meio a Tensões Crescentes com a Rússia

Os Estados Unidos anunciaram um investimento significativo de aproximadamente US$ 253 milhões, equivalente a cerca de R$ 1,4 bilhão, para a construção de dois importantes projetos na Base Aérea Real de Lakenheath, no Reino Unido. Este movimento é parte de uma estratégia mais ampla para fortalecer a presença nuclear americana na Europa, em um momento de crescente tensão geopolítica.

Os investimentos contemplam a criação de um Posto de Comando Primário, que custará US$ 104 milhões (cerca de R$ 578,7 milhões), e um Complexo de Operações de Defesa, com um orçamento de US$ 149 milhões (mais de R$ 829,1 milhões). O objetivo primário dessas instalações é modernizar e garantir a segurança de ativos nucleares, além de melhorar a capacidade de resposta da base a potenciais ameaças.

O novo posto de comando substituirá uma instalação antiga, datada de 1979, que não atende mais às demandas atuais. Além disso, o projeto está sendo desenvolvido em um contexto em que houve o retorno de armas nucleares dos EUA ao solo britânico pela primeira vez desde 2008, o que inclui armas modernizadas do tipo B61-12.

As melhorias previstas no complexo incluem um novo edifício para operações, que abrigará um arsenal, áreas de monitoramento e capacidade para acomodar 575 agentes de segurança, em resposta a críticas sobre as condições de segurança das instalações atuais, que foram descritas como obsoletas e ineficientes. Com localização remota para armazenamento de materiais críticos e laudos sobre a presença de amianto e chumbo, a necessidade de modernização se faz urgente.

A construção está programada para começar em março de 2028, e a conclusão é esperada para julho de 2031. No entanto, as informações sobre a movimentação e localização das armas nucleares são mantidas em sigilo tanto pelo Departamento de Defesa dos EUA quanto pelo Ministério da Defesa do Reino Unido, gerando preocupações a respeito da segurança na região.

Essas iniciativas de reforço nuclear, além de serem vistas como essenciais pela OTAN para a dissuasão coletiva, podem provocar uma reação negativa por parte da Rússia, que já considera tais desplantações uma ameaça e um ato provocador em sua vizinhança. O desenvolvimento destaca o compromisso dos EUA em manter e expandir sua presença militar na Europa, mesmo em tempos de instabilidade política global.

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