EUA Investem US$ 21 Milhões no Transporte de Migrantes para Guantánamo em Meio a Críticas à Política de Detenção

O governo dos Estados Unidos, sob a administração do ex-presidente Donald Trump, despendiu cerca de US$ 21 milhões, o equivalente a R$ 119,3 milhões, em operações de transporte militar de migrantes para a baía de Guantánamo. Esse valor foi investido em voos realizados entre janeiro e abril de 2025, conforme revelaram dados apresentados ao Congresso por representantes do Exército dos EUA.

Atualmente, a notória base naval abriga 32 migrantes, que estão sob a custódia das autoridades americanas. É interessante observar que, apesar das intenções expressas por Trump de expandir a capacidade de detenção da base para acomodar um maior número de indivíduos, a instalação nunca conseguiu receber mais de 200 pessoas simultaneamente. Isso levanta questões sobre a eficácia e a justificativa dos altos gastos imputados ao transporte aéreo de migrantes.

Além dos gastos variados, o custo médio por hora de voo das aeronaves militares utilizadas foi estimado em aproximadamente US$ 26.300, ou R$ 149.220. Essa quantia expressa não apenas as despesas significativas envolvidas nesse processo logístico, mas também a pressão e os desafios que o governo americano enfrenta ao lidar com a situação dos migrantes.

No final de janeiro de 2025, uma ordem executiva foi assinada, instruindo o Pentágono e o Departamento de Segurança Interna a desenvolver uma instalação com capacidade para 30.000 indivíduos na baía de Guantánamo. O principal objetivo dessa determinação era fornecer “espaço de detenção adicional para estrangeiros criminosos de alta prioridade que estejam presentes ilegalmente nos Estados Unidos”, evidenciando uma política de endurecimento nas medidas de imigração.

A baía de Guantánamo, que os EUA administram sob arrendamento de Cuba há mais de um século, se tornou sinônimo de controvérsia e debates sobre direitos humanos, especialmente após os ataques de 11 de setembro de 2001. Este espaço é conhecido tanto por albergar suspeitos de terrorismo quanto por ter instalações separadas para migrantes, incluindo crianças, refletindo a complexidade das dinâmicas de migração e segurança nacional que o país enfrenta na atualidade.

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