EUA interrompem desenvolvimento do míssil balístico intercontinental Sentinel após aumento de custos e reestruturação estratégica, conforme anunciado pela Força Aérea.



A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou a suspensão do desenvolvimento do míssil balístico intercontinental conhecido como Sentinel, em um movimento que sinaliza uma reavaliação abrangente da estratégia de aquisição militar do país. A decisão reflete uma série de desafios e mudanças nas necessidades de defesa, além do aumento significativo dos custos do projeto, que subiram 81%, totalizando impressionantes US$ 141 bilhões.

A ordem para interromper o trabalho foi direcionada à Northrop Grumman, a corporação responsável pelo projeto, que agora deve pausar todos os testes e a construção das unidades de comando e lançamento do míssil. Essa decisão foi justificada pela necessidade de reavaliar os requisitos das instalações de lançamento e a evolução do segmento de comando e lançamento, aspectos essenciais para a eficácia do sistema de defesa.

Desde julho de 2024, os responsáveis pela Força Aérea já haviam sinalizado a intenção de reestruturar o programa Sentinel, e agora, a situação parece mais crítica. O comando está analisando quais partes do desenvolvimento atual do sistema podem ser reavaliadas ou completamente canceladas. Esse processo pode levar entre 18 e 24 meses, conforme declarado pela executiva da Northrop Grumman, Kathy Warden.

O míssil Sentinel foi projetado para substituir o antigo Minuteman III, sendo um sistema de três estágios que deveria entrar em operação em 2030, com uma atualização completa planejada até 2038. No entanto, a nova realidade econômica do projeto levanta dúvidas sobre o cumprimento desses prazos e a capacidade do sistema em atender os objetivos estratégicos da defesa nacional.

Com a suspensão do trabalho no programa Sentinel, a Força Aérea dos EUA enfrenta uma fase de incerteza em um cenário geopolítico em constante evolução, onde a eficiência e a modernização de suas capacidades de defesa são mais relevantes do que nunca. A expectativa é que esta reavaliação leve a decisões que possam refletir melhor os desafios contemporâneos e as necessidades de segurança dos Estados Unidos.

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