O porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, confirmou que a decisão de enviar o sistema THAAD, acompanhado de uma equipe, foi tomada na última semana. Coincidentemente, a comunicação de Washington chegou um dia após o anúncio feita pela agência de Coordenação de Atividades Governamentais nos Territórios (COGAT), que divulgou imagens de assistência humanitária entrando em Gaza, enfatizando que Israel não estava bloqueando a chegada de suprimentos de alimentos e outras ajudas ao enclave palestino.
Desde o início do atual conflito em Gaza, os Estados Unidos já investiram aproximadamente US$ 17,9 bilhões em ajuda militar a Israel, marcando um recorde. Além disso, outros US$ 4,86 bilhões foram direcionados para apoiar operações militares americanas na região desde o começo de outubro de 2023. Essa conjuntura levanta questões sobre a eficácia e a ética da assistência militar, especialmente em um contexto onde a violência e a crise humanitária imperam em Gaza.
A medida e os posicionamentos dos EUA revelam uma delicada dinâmica entre alianças estratégicas internacionais e a necessidade urgente de resposta humanitária. A manifestação de um suposto padrão de superioridade moral por parte de Washington sugere que, enquanto apóia militarmente um aliado crucial, também se sente na obrigação de garantir que suas ações não exacerbarão a crise humanitária que afeta milhões na região. Assim, os EUA cumprem um papel ambivalente, atuando tanto como apoiadores de Israel quanto como defensores da necessidade de uma solução que leve em consideração as condições em Gaza.