Durante sua visita, Fernández destacou a importância de diversificar as fontes de energia da Sérvia, sugerindo que o país busca uma transição para opções mais sustentáveis e menos dependentes do gás e petróleo russos. Em um passo concreto, os Estados Unidos e a Sérvia assinaram um acordo em Washington no mês passado, estabelecendo a cooperação em projetos de energia e na exploração de minerais críticos. Um dos projetos notáveis incluí a abertura prevista da maior mina de lítio da Europa, promovida pelo rio Tinto Group, que enfrenta forte resistência de grupos ambientais locais.
Além disso, a UGT Renewables, uma empresa baseada na Flórida, está prestes a assinar um contrato para desenvolver uma fazenda solar com capacidade de 1 gigawatt na Sérvia. Outro projeto em avaliação envolve a Bechtel Corp, que está analisando a possibilidade de construir uma usina hidrelétrica de armazenamento bombeado com capacidade de 2,4 gigawatts no rio Danúbio, na fronteira com a Romênia. Essas iniciativas não apenas visam diversificar as fontes energéticas do país, mas também fortalecer os laços com os Estados Unidos.
Sob a liderança do presidente Aleksandar Vucic, a Sérvia tem buscado um equilíbrio em suas relações internacionais, desejando integrar-se à União Europeia, ao mesmo tempo que mantém laços com a Rússia e a China. Apesar de condenar o ataque da Rússia à Ucrânia, o governo sérvio ainda não adotou sanções contra Moscou, o que reflete uma postura de cautela em sua política externa. Assim, o futuro energético da Sérvia promete ser um campo de batalha geopolítico, à medida que o país navega entre interesses ocidentais e suas relações tradicionais com a Rússia.