As tarifas impostas variam de 10% a impressionantes 97% e visam conter o que o governo considera brechas “ridículas” no sistema de comércio internacional. Lutnick enfatizou que o presidente está determinado a resolver um déficit comercial alarmante que chega a US$ 1,3 trilhão, um valor que representa aproximadamente R$ 7,5 trilhões. O impacto das novas tarifas não se limita apenas às ilhas desabitadas, mas também afeta áreas habitadas, como as Ilhas Cocos, que têm uma população de cerca de 600 pessoas e dependem das exportações para o mercado americano.
Além dessas, a pequena ilha norueguesa de Jan Mayen, que também não possui uma população residente permanente, foi incluída na lista de locais sujeitos a tarifas. Apenas alguns militares estão presentes na ilha, que, por sua vez, carece de recursos econômicos significativos e é caracterizada por sua aridez e geografia montanhosa.
Durante uma entrevista, Lutnick desconsiderou a volatilidade do mercado gerada pela anúncio das tarifas, denominando essa movimentação como uma questão de segurança nacional. Ele expressou preocupação com a capacidade dos Estados Unidos de sustentar sua própria indústria e infraestrutura, apontando para a necessidade de produção interna de bens críticos, como medicamentos e semicondutores, atualmente fabricados em sua maioria em outros países.
Essa decisão reflete uma estratégia mais ampla da administração Trump de recuar da globalização e priorizar a segurança econômica e industrial do país, enquanto as reações do mercado e da comunidade internacional seguem analisando as consequências dessa abordagem drástica.