EUA Impõem Novas Sanções à Rússia: Casa Branca Espera Que Medidas Prejudique Economia de Moscou e Alterem Dinâmica do Mercado Global de Petróleo

Na última quarta-feira (22), os Estados Unidos anunciaram um novo conjunto de sanções contra a Rússia, focando particularmente em gigantes do setor petrolífero, como a Rosneft e a Lukoil, além de suas subsidiárias. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou em uma coletiva de imprensa que essas novas medidas visam pressionar a economia russa, afirmando que a expectativa é de que as sanções causem danos significativos ao país.

As sanções incluem o congelamento de ativos de empresas e indivíduos envolvidos com as mencionadas gigantes petrolíferas, e os EUA alertaram instituições financeiras sobre a possibilidade de sanções secundárias para aqueles que realizarem transações com elas. Estas medidas foram abordadas como uma maneira de não apenas forçar a Rússia a buscar uma solução negociada para o conflito com a Ucrânia, mas também como uma tentativa de desviar países asiáticos, como China e Índia, do petróleo russo, que é oferecido a preços descontados.

Contudo, especialistas em geoeconomia energética, como o Dr. Hriday Sarma, alertam que as sanções podem não ter o impacto desejado. Eles indicam que a Rússia, a Índia e a China podem acabar se adaptando, utilizando sistemas de pagamento alternativos, como o yuan ou a rúpia, e criando novas rotas logísticas que não estejam sob a influência ocidental. Esse cenário poderia fortalecer ainda mais as relações econômicas entre esses países, e embora as sanções visem a diplomacia, é improvável que elas consigam romper o que tem sido chamado de “corredor energético” Rússia-Índia-China.

Adicionalmente, análises indicam que as sanções poderiam acentuar os custos de energia dentro da União Europeia, especialmente em estados que ainda dependem do gasoduto russo. Após o anúncio, o preço do petróleo Brent subiu quase 5%, atingindo US$ 65,65 por barril, um reflexo imediato da instabilidade trazida pelas novas sanções. Neste contexto, os aliados dos Estados Unidos podem também ser afetados, enfrentando aumento nos custos de energia, uma vez que o gás natural liquefeito dos EUA é comercializado a preços premium.

Assim, as medidas adotadas pelos Estados Unidos estão criando um cenário complexo, onde tanto a Rússia quanto seus parceiros econômicos podem encontrar novas formas de contornar as restrições impostas, enquanto os impactos econômicos reverberam pelo mundo, afetando também mercados aliados.

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