De acordo com informações obtidas, os agentes de fronteira, especialmente nas regiões do Texas e da Flórida, podem receber bônus que variam de US$ 1,5 mil a US$ 5 mil por mês, dependendo da quantidade de detenções realizadas. Em algumas situações, esse bônus pode ultrapassar US$ 7,5 mil, especialmente para aqueles que participam de ações noturnas. Os salários iniciais também são atrativos; um agente recém-contratado pode auferir até US$ 8 mil mensais, com a possibilidade de um aumento significativo em curto prazo, caso atinja as cotas estabelecidas.
Contudo, apesar das recompensas financeiras, as metas de prisão têm sido difíceis de serem atingidas, levando a relatos de práticas que priorizam a quantidade em detrimento da legalidade e da justiça. Fontes afirmam que em algumas operações, a ordem é “prender, não perguntar”, resultando em detenções baseadas em características físicas e origem étnica, o que acende alarmes sobre a possibilidade de discriminação racial e violações dos direitos humanos.
Especialistas debatem que tal abordagem promove detenções arbitrárias que desconsideram o contexto legal dos indivíduos em questão. Além disso, informações divulgadas indicam que, durante o breve período da presidência de Donald Trump, mais de 100 mil imigrantes ilegais foram presos, e autorizações de residência temporária de 500 mil estrangeiros foram revogadas, o que acentuou o clima de apreensão entre aqueles que buscam refúgio ou oportunidades nos EUA.
Esse cenário complexo levanta ceticismo sobre a eficácia e a justiça do sistema de imigração nos Estados Unidos, destacando a necessidade de uma revisão séria das políticas de detenção e das práticas das agências envolvidas. À medida que a pressão por resultados aumenta, torna-se imprescindível buscar soluções que respeitem os direitos humanos e a dignidade das pessoas.