EUA faltam a conferência da ONU sobre Palestina, mas Fatah afirma que ausência não prejudicará acordos de paz no Oriente Médio.

A recente decisão dos Estados Unidos de não participar da conferência da ONU sobre a resolução do conflito no Oriente Médio e o reconhecimento do Estado da Palestina gerou uma série de reações, destacando a visão do movimento Fatah, representado por Jamal Nazzal. O líder do Fatah afirmou que a ausência dos EUA não prejudicará o processo de paz, argumentando que Washington nunca atuou como um mediador imparcial neste contexto.

A porta-voz do Departamento de Estado americano, Tammy Bruce, justificou o boicote, qualificando o encontro como “inoportuno e improdutivo”, e sugerindo que tal evento poderia agravar as tensões em vez de contribuir para a paz. Em resposta, Nazzal defendeu que os Estados Unidos devem não só participar, mas também reconhecer formalmente o Estado da Palestina, colaborando ativamente em seu processo de autodeterminação e na busca por plena adesão à ONU.

Além disso, o representante do Fatah enfatizou que a conferência da ONU teve um papel importante ao manter a questão palestina viva na agenda internacional, especialmente em um momento em que Israel tenta minimizar a relevância do problema. A conferência, que ocorreu na sede da ONU em Nova York e foi presidida por França e Arábia Saudita, se destacou como uma das iniciativas mais significativas em direção a uma solução para o conflito.

No final do encontro, chanceleres de 15 países ocidentais se uniram em um apelo pelo reconhecimento do Estado da Palestina, reiterando que 147 nações já reconhecem a entidade, enquanto os Estados Unidos permanecem fora deste grupo. Os EUA já vetaram anteriormente pedidos de adesão plena da Palestina à ONU, mas pelo menos dez países, como Irlanda e Noruega, reconhecem oficialmente o Estado palestino.

A situação atual pinta um quadro complexo, onde, apesar da resistência americana, a questão da Palestina continua a ganhar relevância no cenário internacional. A conferência serviu como um contraponto ao que o porta-voz do Fatah descreve como tentativas de Israel de eliminar a problemática palestina da discussão global. O fortalecimento da agenda pela autodeterminação palestina pode ser visto como um passo significativo em direção a uma resolução mais justa e duradoura para um dos conflitos mais prolongados do mundo.

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