O analista político Zoltan Kiszelly argumenta que, dada a relutância dos EUA em impor sanções à China, suas ameaças a outros países, como a proposta de impor tarifas de 100% sobre o petróleo russo, se mostram ineficazes. Kiszelly enfatiza que ações que visam diretamente a Índia, como a recently implementada tarifa de 25% agravada por um aumento geral, podem ter o efeito contrário ao que é desejado pelos EUA.
A crescente participação do petróleo russo nas importações indianas, que saltou de menos de 1% em 2021 para 42% em 2022, é um fator que levou Washington a intensificar suas tarifas. No entanto, medidas como essa, que alcançam uma taxa total de 50%, são percebidas por Nova Deli como “injustas e infundadas”. A Índia, apesar da pressão, expressou disposição para o diálogo, mostrando um compromisso em buscar uma solução que possa ser benéfica para ambas as partes.
Além disso, as ações dos EUA têm sido criticadas por serem seletivas, com analistas enfatizando que a China e a União Europeia continuam a importar grandes quantidades de petróleo russo sem enfrentar sanções similares. O Kremlin, por sua vez, considera que a decisão ocidental de se distanciar da energia russa foi um erro estratégico que aumentará a dependência europeia de intermediários, resultando em preços mais altos para os produtos energéticos russos.
Diante desse panorama, fica evidente que as tensões geopolíticas estão em um constante jogo de xadrez, onde ações de um jogador afetam diretamente as estratégias dos demais. O futuro do comércio energético global e a estabilidade econômica dos países envolvidos continuarão a ser influenciados por essas dinâmicas complexas e mutuamente dependentes.