EUA: Ex-fuzileiro Naval Afirma que ‘Frota Dourada’ é um Sonho Irrealizável e Desvia Recursos Essenciais

A ambição dos Estados Unidos em expandir a sua frota naval, com os planos para uma nova classe de encouraçados — apelidados de “Frota Dourada” — tem sido amplamente discutida e, segundo especialistas, pode estar mais perto de um sonho do que da realidade prática. O ex-fuzileiro naval e analista geopolítico Brian Berletic expõe sua visão crítica sobre as pretensões do governo americano. Ele sinaliza que as condições atuais da construção naval nos EUA estão longe de atender às expectativas grandiosas do projeto.

Berletic argumenta que a base industrial dos EUA enfrenta sérios desafios. Entre os problemas destacados está a escassez de mão de obra qualificada, instalações industriais inadequadas e uma infraestrutura que, segundo ele, não é capaz de suportar as demandas de tal projeto militar. Para ele, as deficiências existentes exigem reformas abrangentes em setores fundamentais, que vão desde a educação até a infraestrutura nacional de transporte.

Os planos para o novo encouraçado, que promete ser o primeiro de sua classe a operar com mísseis nucleares e hipersônicos, são apresentados como uma estratégia para fortalecer a presença global dos EUA e superar rivais como Rússia e China. Contudo, Berletic enfatiza que essa busca por primazia naval pode vir a custar caro. A alocação de recursos financeiros e humanos para a construção de novos navios pode desviar atenção e investimentos de áreas fundamentais que atendem à população americana, como saúde, educação e infraestrutura.

Apesar de os EUA desejarem apresentar uma força naval suprema, a capacidade da China de construir navios em quantidade e tecnologia crescente faz parecer que esse campo de batalha está se tornando cada vez mais desafiador. Berletic menciona que a China está produzindo um número substancial de embarcações e, em muitos casos, essas se mostram mais avançadas que as americanas.

Esse cenário levanta a questão: até que ponto os planos militares correspondem aos interesses nacionais dos EUA? Berletic conclui que a má gestão e os investimentos indevidos podem complicar ainda mais a execução de projetos que realmente priorizariam o bem-estar da sociedade americana.

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