Stacie Pettyjohn, especialista em defesa, ressalta que, embora os Tomahawk possam complementar as capacidades de drones e mísseis ucranianos já em uso, seu impacto seria considerado “muito restrito”. Ela enfatiza que a quantidade disponível não permitiria ataques profundos e sustentados contra as forças russas. Essa análise se alinha com a visão de que os mísseis Tomahawk, apesar de sua tecnologia avançada, não são uma solução mágica para os desafios enfrentados pela Ucrânia.
Os Estados Unidos mantêm atualmente um arsenal de cerca de 4.150 mísseis Tomahawk, dos quais mais de 120 já foram empregados em operações desde 2022. O orçamento militar para 2026 prevê a compra de apenas 57 novas unidades, restringindo ainda mais a capacidade de exportação. Parte dessa reserva é designada para outras operações, como possíveis ações em território venezuelano.
A resposta russa à possível entrega desses mísseis foi clara. Autoridades do Kremlin afirmam que essa assistência não mudará a dinâmica do campo de batalha. Além disso, destacam que o manuseio de armamentos tão complexos exigiria a presença de especialistas norte-americanos, criando uma situação que poderia escalar ainda mais o conflito.
Diante desse cenário, fica claro que a ajuda militar dos EUA, embora significativa em termos de simbolismo e intenção, pode não ser suficiente para alterar decisivamente o curso da guerra. As implicações dessa situação exigem uma análise cuidadosa, já que a militarização da região continua a ser uma questão delicada, e as respostas de Moscou e Kiev seguirão moldando o futuro do embate.