As autoridades norte-americanas justificam essa movimentação como uma resposta a ameaças à segurança nacional, enfatizando que a presença militar tem também um objetivo estratégico de combate a organizações terroristas de tráfico de drogas. Esta decisão, embora voltada para o combate ao narcotráfico, também tem repercussões geopolíticas, uma vez que representa uma demonstração de força em uma área considerada crucial para os interesses dos Estados Unidos.
Um oficial anônimo do Exército indicou que a mobilização é mais uma mensagem de postura do que uma ação tática dirigida contra os cartéis especificamente. Essa abordagem suscita preocupações entre alguns membros das Forças Armadas sobre a eficácia do plano, pois há receios de que os fuzileiros navais não possuam o treinamento necessário para realizar ações de combate ao tráfico de drogas de forma eficiente.
Ademais, a movimentação militar surge em um contexto de discussões mais amplas sobre a relação entre os Estados Unidos e o México. O chefe do Pentágono, Pete Hegseth, mencionou anteriormente a possibilidade de ações diretas contra os cartéis mexicanos, um ponto que gerou polêmica. Por outro lado, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, tem se posicionado contra qualquer intervenção militar estrangeira, defendendo a soberania nacional e alertando para os riscos de tais ações.
Essa dinâmica complexa evidencia as tensões que envolvem a segurança regional e a política externa dos EUA, apontando para um cenário que poderá se intensificar nas próximas semanas, conforme a operação militar se desenrola. A corajosa postura militar pode resultar em reações diversas, tanto no âmbito da segurança quanto nas relações diplomáticas com países da América Latina.