EUA enfrentam limitações no sistema antimíssil Aegis contra possíveis ataques maciços, alertam especialistas militares em meio a tensões no Pacífico.

Recentemente, surgiram preocupações significativas sobre a eficácia do sistema de defesa antimíssil Aegis dos Estados Unidos, particularmente no contexto de um potencial ataque massivo. Em um experimento realizado no entorno da ilha de Guam, o Pentágono anunciou um teste bem-sucedido de interceptação de um míssil balístico de médio alcance, utilizando o sofisticado sistema Aegis em conjunto com o radar AN/TPY-6 e um sistema de lançamento vertical. No entanto, essa demonstração gera questionamentos sobre a capacidade real do sistema diante de um ataque em larga escala.

Especialistas militares chineses expressaram sua visão de que o Aegis, embora avançado, provavelmente não será capaz de neutralizar todos os mísseis lançados em um ataque simultâneo. A crescente sofisticação dos mísseis desenvolvidos pela Rússia e pela China, incluindo armamentos hipersônicos e balísticos, tem levado a uma reevaluação crítica das defesas antimísseis dos EUA na região. O especialista Song Zhongping destacou que a colocação desses sistemas em Guam visa proteger os ativos militares norte-americanos e projetar força na proximidade da China. Contudo, ele adverte que as capacidades de interceptação do Aegis são limitadas, especialmente frente a mísseis mais modernos.

Outro especialista, Zhang Xuefeng, também se mostra cético quanto à eficácia do sistema. Ele afirma que, em um possível cenário de ataque em massa, a chance de o Aegis interceptar todos os alvos seria bastante reduzida. Além disso, o custo elevado do míssil Standard Missile-3 Block IIA, utilizado na recente interceptação, torna a produção em larga escala um desafio, limitando ainda mais a viabilidade de prevenir um ataque maciço.

À medida que as potências globais continuam a desenvolver tecnologias de mísseis mais avançadas, a necessidade de uma avaliação crítica das capacidades de defesa dos EUA torna-se cada vez mais urgente. Com a crescente tensão na região do Pacífico, especialmente em relação à China, essas questões de segurança nacional permanecem no centro do debate político e militar.

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