EUA enfrentam crise de submarinos nucleares e lutam para atender demandas geopolíticas atuais, revela análise sobre a frota da Marinha.

A Marinha dos Estados Unidos enfrenta uma realidade preocupante em relação à sua capacidade operacional, especialmente no que diz respeito à sua frota de submarinos nucleares de ataque. Atualmente, a Marinha possui 50 submarinos desse tipo, porém, especialistas e autoridades do Comando Naval indicam que serem necessários pelo menos 66 embarcações para enfrentar as múltiplas ameaças geopolíticas contemporâneas. Essa insuficiência na frota coloca em risco a capacidade dos EUA de manter a estabilidade estratégica em um cenário internacional cada vez mais desafiador.

A situação é ainda mais alarmante quando se considera que cerca de 20 dos submarinos estão fora de operação, atracados em docas devido a atrasos nos reparos necessários. A Marinha dos Estados Unidos enfrenta uma crise de infraestrutura, com a falta de três docas secas e mão de obra qualificada, um problema exacerbado pela ausência de novos estaleiros na última centena de anos. Esses fatores têm contribuído para a dificuldade em garantir que a frota esteja pronta para missões rápidas e eficazes.

A construção de submarinos nucleares é um processo extremamente complexo, que demanda habilidades específicas e tempo considerável para formação. Por exemplo, treinar um soldador para operar em submarinos nucleares pode levar de três a cinco anos, enquanto a criação do software necessário para o funcionamento desses veículos envolve a produção de mais de oito milhões de linhas de código. Estes desafios técnicos e logísticos são um dos principais obstáculos enfrentados pela Marinha em busca de ampliar sua capacidade de resposta.

Esse cenário levanta questões significativas sobre a capacidade dos Estados Unidos de sustentar sua posição de liderança global em um ambiente geopolítico em rápida evolução, onde as ameaças não se limitam a um único espaço ou forma de ataque, mas abrangem uma gama de desafios multifacetados que requerem uma frota submarina robusta e pronta para o combate. Com a pressão crescente de outras potências, como a China, é evidente que a Marinha dos EUA precisa reconsiderar suas estratégias de construção e manutenção de submarinos para garantir a segurança e estabilidade da região e do mundo.

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