Os bombardeios atingiram a capital Sanaa e a cidade portuária de Hodeidah, com testemunhas relatando explosões na região. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, descreveu a ação como uma “ação defensiva” em resposta aos ataques dos Houthis ao transporte marítimo internacional no Mar Vermelho. As tensões no Mar Vermelho aumentaram à medida que os Houthis lançaram ataques com mísseis e drones desde meados de novembro, afetando o comércio global e forçando armadores a evitar a área.
Os Estados Unidos mobilizaram navios de guerra e formaram uma coligação internacional em dezembro para proteger esta rota, que é crucial para o fluxo de comércio global. Biden alertou que “não hesitará” em “ordenar outras medidas militares” para proteger os EUA e o comércio internacional.
Autoridades americanas e britânicas reportaram a derrubada de 18 drones e três mísseis lançados pelos rebeldes Houthi na terça-feira, intensificando as tensões na região. Apesar dos avisos de Washington e do Conselho de Segurança da ONU, os Houthis dispararam um míssil balístico antinavio na quinta-feira, levando à intervenção militar na sexta-feira.
O Irã condenou os ataques, classificando-os como uma “ação arbitrária” e uma “violação” do direito internacional. O porta-voz do grupo iemenita prometeu continuar atacando navios ligados a Israel que transitam pela região. Estes ataques marcam uma escalada na tensão na região, com o Iraque, a Síria e a fronteira entre o norte de Israel e o Líbano também registrando confrontos.
A guerra em Gaza entre Israel e o Hamas tem causado preocupações sobre uma conflagração regional, com os rebeldes Houthi, o Irã e outros grupos armados desempenhando um papel importante no aumento das tensões. Ações militares como as realizadas pelos Estados Unidos e Reino Unido no Iêmen representam um reflexo das tensões contínuas na região e a preocupação com a propagação do conflito em Gaza e em outras partes do Oriente Médio.