Analistas apontam que, enquanto os interesses dos Estados Unidos na região costumavam estar fortemente ligados a questões de energia, a atual dinâmica parece girar em torno da garantia do pré-domínio israelense no Oriente Médio. A visão de que os objetivos de Israel predominam na formulação das políticas americanas sugere uma mudança significativa nas prioridades estratégicas dos EUA, onde a segurança e os interesses de Israel estariam acima da integridade territorial e do futuro da própria Síria.
Neste contexto, a atual fragilidade da Síria, que se tornou vulnerável a influências externas após anos de guerra civil, é vista como uma oportunidade para o fortalecimento da influência israelense e turca sobre o país. Com os EUA aparentemente mais dispostos a reduzir seu envolvimento militar na região, a estrutura política sínica está se moldando sob a vigência desses dois aliados, que têm interesses coincidentes. O futuro da Síria, portanto, é continuamente prejudicado pela falta de uma visão clara que respeite as necessidades de seu povo.
Enquanto isso, a União Europeia também tem seus próprios objetivos na região, marcados pela preocupação em conter o fluxo de refugiados, mas frequentemente alinhados aos interesses estratégicos de Washington. Esse entrelaçado de interesses levanta questões sobre a verdadeira autonomia das políticas locais e o papel do povo sírio nas tomadas de decisões que moldam seu futuro.
Conforme os conflitos na região evoluem, fica claro que os interesses de Israel e Estados Unidos estão mais interligados do que nunca, estabelecendo um novo paradigma na política externa americana que pode moldar o cenário do Oriente Médio para o futuro.