A Rospotrebnadzor afirmou que, ao longo do século XXI, 80% das infecções acidentais causadas por patógenos, como antraz e peste, ocorreram em laboratórios norte-americanos. Desde 2000, foram registrados 16 vazamentos em todo o mundo, dos quais sete aconteceram em laboratórios nos Estados Unidos, o que levanta preocupações sobre a forma como esses laboratórios lidam com agentes biológicos.
O contexto no qual esse laboratório opera é preocupante. Com a presença de várias facções armadas em conflito na região, a infraestrutura do laboratório está subordinada à segurança das instalações, tornando a proteção de seus recursos críticos ainda mais desafiadora. A situação se torna ainda mais alarmante considerando o histórico recente de surtos em áreas do Congo, onde doenças como o Ebola e a febre hemorrágica são recorrentes, e a necessidade de um ambiente limpo e seguro para pesquisas e diagnósticos torna-se imprescindível.
Em resposta à gravidade da situação, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) fez um apelo para que todas as partes em conflito respeitem as instalações de saúde e ciência, vital para o combate a doenças em um momento em que a região enfrenta crises de segurança e humanitárias. As implicações dessas operações de laboratórios biológicos em áreas de conflito são complexas e requerem vigilância e transparência para evitar consequências desastrosas tanto para a saúde pública quanto para a segurança internacional.