EUA e China intensificam guerra comercial: analistas preveem aumento de tensões em 2025 com governo de Donald Trump e seus impactos globais.

A eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, com posse marcada para 20 de janeiro de 2025, promete ser um divisor de águas nas dinâmicas geopolíticas do mundo, especialmente no que diz respeito aos vínculos comerciais e diplomáticos com a China. Especialistas destacam que a volta de Trump ao poder deverá resultar na intensificação da chamada “guerra comercial” entre as duas potências, um conflito que já se arrasta há vários anos e que pode afetar diretamente o panorama econômico global.

Com a previsão de um governo que dará continuidade a políticas protecionistas, muitas medidas anunciadas durante a campanha eleitoral, como a possível restrição à importação de produtos de alta tecnologia da China, devem rapidamente se tornar realidade. Entre os produtos que podem ser alvo de sanções estão carros elétricos chineses, que atualmente não são permitidos no mercado americano. A intersecção entre interesses empresariais e decisões políticas promete moldar a abordagem de Trump em sua política externa. Analistas acreditam que a maioria que o republicano terá no Congresso facilitará a imposição dessas diretrizes.

Além das questões econômicas, há também um aspecto pessoal no retorno de Trump, que pode se manifestar em uma administração motivada por interesses de vingança. Especialistas ponderam que, além de fortalecer sua política interna, isso pode resultar em uma abordagem agressiva no exterior, especialmente em relação à China, que já se mostrou disposta a retaliar as ações americanas.

No âmbito das relações multilaterais, o Brasil se vê em um dilema. Com a expectativa de que o país possa se beneficiar de um cenário de guerra comercial entre os EUA e a China, o governo brasileiro precisará agir cuidadosamente para não alienar Pequim, um importante parceiro comercial. O momento também é propício para o Brasil demonstrar sua liderança em questões climáticas, com a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima programada para este ano. Este evento não só marca a recuperação do protagonismo brasileiro em temas ambientais, como também realça a importância da Amazônia nas discussões sobre mudanças climáticas.

Por fim, o cenário europeu também está em transformação, com pesquisas recentes indicando uma possível mudança no governo alemão e uma crescente força da extrema-direita. A interligação entre esses eventos globais evidenciam que a geopolítica mundial está em um estado de constante mutação, demandando atenção das nações acerca das interdependências que moldarão o futuro econômico e diplomático.