O conflito no Sudão, que completou dois anos em abril de 2025, é protagonizado principalmente pelas Forças Armadas Sudanesas e pelas Forças de Apoio Rápido, um grupo paramilitar. A violência desencadeada por essa luta pelo poder já resultou em mais de 12 milhões de deslocados internos e dezenas de milhares de mortes, além de uma crise alimentar alarmante, configurando-se como uma das maiores catástrofes humanitárias do mundo.
De acordo com fontes diplomáticas, as negociações de paz em Washington ocorrerão de forma separada com cada uma das facções envolvidas no conflito. O objetivo dos mediadores é facilitar a transferência de poder para autoridades civis, visando a uma transição política pacífica após o término das hostilidades. Esse esforço é resultado da crescente pressão internacional por uma solução pacífica, uma vez que o governo sudanês não demonstrou disposição para aceitar as propostas de paz anteriores, que incluem a exclusão das partes em conflito da futura transição política.
No último mês, o grupo de países mediadores havia solicitado uma trégua humanitária, com a expectativa de que isso pudesse levar a um cessar-fogo mais duradouro. Contudo, a intransigência das partes em conflito continua sendo um obstáculo, trazendo à tona a complexidade da situação no Sudão e a necessidade urgente de uma intervenção eficaz que possa reverter o atual cenário catastrófico e promover a paz no país. O encontro em Washington é, portanto, um passo crucial para a diplomacia regional e internacional, à medida que o mundo observa de perto o destino do Sudão e seus cidadãos.









