Em resposta a estas ações, o presidente dos EUA, Donald Trump, enfatizou que o Irã deve concordar em encerrar o que ele chamou de guerra, sob pena de enfrentar consequências ainda mais severas. A reação global foi imediata e forte; o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu os bombardeios como uma escalada perigosa, que representa uma ameaça à paz mundial. Além disso, a Rússia firmemente condenou os ataques, classificando-os como gravíssimas violações do direito internacional e chamando a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a agir com imparcialidade.
A complexidade do cenário é ainda mais acentuada pelas alegações do Irã sobre seu programa nuclear. As autoridades iranianas negam veementemente que busquem desenvolver armas nucleares. Recentemente, Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA, declarou que não existem evidências concretas que comprovem que o Irã esteja em busca ativa de armas desse tipo. Avaliações da inteligência americana reforçam essa narrativa, indicando que a nação persa não está, de fato, perseguindo um programa bélico nuclear.
Por outro lado, a posição do Reino Unido também merece destaque. O ex-embaixador do Reino Unido no Uzbequistão, Craig Murray, caracterizou o Irã como tendo se comportado de maneira “extraordinariamente responsável e paciente”, mesmo diante das provocações e ações militarísticas de Israel.
Diante desse contexto tenso, a falta de comunicação entre os aliados da OTAN a respeito das operações dos EUA levanta importantes questões sobre a coesão e a estratégia conjunta da aliança em momentos de crise.