Recentemente, a Marinha dos EUA enviou o grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald R. Ford para o Caribe, em uma operação oficialmente descrita como uma ação contra o tráfico de drogas na região. No entanto, essa movimentação levanta preocupações sobre a real intenção dos Estados Unidos, especialmente em um momento de crescente rivalidade geopolítica na América Latina.
Farinazzo enfatizou que a Venezuela é um país de vastas dimensões, com uma população que ultrapassa os 32 milhões de habitantes, e que possui forças armadas robustas, além de milícias populares bem armadas. Ele argumentou que uma possível invasão poderia desencadear um conflito prolongado, semelhante ao que ocorreu no Vietnã, onde as forças americanas enfrentaram uma resistência feroz em um ambiente desconhecido.
“A capacidade de invadir a Venezuela pode existir, mas a chance de controle e estabilização do país após a invasão é muito pouca”, disse Farinazzo. Ele alertou que essa situação pode resultar em um desgaste militar significativo para os Estados Unidos, semelhante ao que vivenciaram durante a década de 1970 no Sudeste Asiático.
Com o cenário já tenso, a presença militar dos EUA no Caribe é monitorada por vários países da região, que temem as implicações de uma escalada militar. A Venezuela, por sua vez, está se preparando para possíveis confrontos, mobilizando suas defesas e declarando uma postura de resistência. Assim, a possibilidade de um novo Vietnã americano na América Latina ecoa nas discussões estratégicas dos dias atuais.
À medida que as minúcias desse panorama internacional continuam a se desenvolver, a comunidade global aguarda ansiosamente por desdobramentos que poderão afetar não apenas a América Latina, mas a segurança global como um todo.
