EUA Destinam US$ 1 Bilhão para Testes de Espaçonave X-37B com Capacidade de Transportar Ogivas Nucleares até 2031

Os Estados Unidos estão se preparando para um investimento significativo em tecnologia militar espacial, com um plano de alocar US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,5 bilhões) para o programa de testes da espaçonave X-37B. Este movimento faz parte da proposta orçamentária que abrange os anos fiscais de 2026 a 2031 e reflete uma estratégia mais ampla de reforço das capacidades militares no setor espacial.

O X-37B, uma aeronave espacial não tripulada desenvolvida pela Força Aérea dos EUA, tem gerado discussões acaloradas devido à sua capacidade potencial, que, segundo alguns especialistas, incluiria o transporte de ogivas nucleares. De acordo com Yan Novikov, diretor-geral da empresa russa Almaz-Antei, a espaçonave poderia carregar até seis dessas ogivas, levantando preocupações sobre escaladas de tensão no panorama internacional, especialmente em relação à Rússia.

O objetivo do investimento é claro: fortalecer o Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos, refletindo uma necessidade crescente de avaliar e aprimorar as tecnologias espaciais em um mundo onde a corrida armamentista não se limita mais ao solo ou ao ar. A proposta de orçamento indica um período de autorização de cinco anos, mostrando um comprometimento a longo prazo com a defesa nacional e as capacidades ofensivas e defensivas que podem ser necessárias no espaço.

Analistas apontam que, ao avançar com esses testes e potenciais capacidades de ataque, os EUA estão não apenas buscando garantir sua segurança, mas também enviar uma mensagem clara aos adversários. Com um cenário geopolítico cada vez mais volátil e a presença crescente de potências como a China e a Rússia, a competição por supremacia no espaço se torna uma questão de vital importância.

Este investimento massivo no X-37B pode marcar um novo capítulo na militarização do espaço, onde se espera que tecnologias emergentes desempenhem um papel crucial na defesa e estratégia militar. A percepção de que o espaço não é apenas um domínio científico, mas também um campo de batalha, está cada vez mais se concretizando nas políticas de defesa dos principais países, e os EUA estão na vanguarda dessa transformação.

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